Danilo Artimos

Num copo de cerveja, Com seu líquido dourado E coroado em branco, Procuro entender coisas Que mesmo quando brandas, Os ventos não respondem, E deixam tudo mais confuso. O lúpulo entra no sangue E o álcool enebria a mente, Que constantemente Busca uma saída dessa situação.

A parte artística, criada por Alê Baptista, apresenta as quebradeiras agradecendo a colheita dos babaçus, enquanto as entidades e Gaia as protegem, até a chegada dos fazendeiros que as observavam. Os fazendeiros as confrontam, batem nelas e após expulsá-las, ateiam fogo nas palmeiras de babaçus. As quebradeiras choram, enquanto Gaia sente as dores das chamas, e os encantados, ao lado das orações das quebradeiras, lhe dão força para apagar o fogo. Após Gaia apagar o fogo e os fazendeiros serem coagidos com medo, as quebradeiras os expulsam e retomam para si o lugar. Coreografia: Alê Baptista Personagem:  Fazendeiro Elenco: Cristiane Pichelli, Danilo Artimos, Fabi Farias, Fabricio Tintiliano, Fernanda Vella,Hallano Silva, Igor Gonçalves, Juliana Menezes, Mara Barros, Natália Duzzi, Nathan Lima, Roberta Souza, Rosania Rodrigues, Vini Morais e Willy Camara Apoio:  Mara Cristina e José Gutemberg Onde:  G.R.C.S.E. Pérola Negra

Lágrimas as vezes limpam a alma, Mesmo que embacem a visão. Tem horas que ver as coisas de outra forma, Nem que sejam embaçadas, Ajuda a distanciar a confusão que a mente esconde.

Minhas memórias vem de uma cozinha aberta. Tem o doce da minha infância, Os temperos da adolescência, O sal da minha juventude, A pimenta dos problemas, O vinagre e o azeite de ser adulto. Mas sem tudo isso, seria apenas uma comida Sem sabor e sem relevância. Minhas memórias tem estrelas Michelin, Que apenas quem me conhece, De verdade, Tem o prazer de experimentar, Temperar E incrementar.

A solidão as vezes traz uma dor estranha É bom para pensar Mas se constante Aperta e aflige E nos faz buscar carinho Em situações que não nos cabem Mas mesmo respirando e pensando As vezes só um sorriso amigo Para nos acender uma luz

É difícil desapegar Mas se não te colocam como prioridade, Pra que se esforçar? Sentimento quando recíproco traz comodidade. Tranquilidade é saber se separar, Daqueles que te olham apenas cabide.